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Imagem de: Pesquisadores podem ter descoberto novo órgão na região do crânioUma equipe de pesquisadores holandeses pode ter feito uma descoberta surpreendente e por acaso. Trata-se de um novo órgão localizado dentro da base do crânio humano, que teria passado despercebido pelos cientistas nos últimos três séculos, conforme descreve o estudo publicado na revista Radiotherapy & Oncology, em setembro.

O órgão em questão é um quarto par de glândulas salivares, que fica na região atrás do nariz e acima do palato, na área central da cabeça. Ele foi encontrado acidentalmente pela equipe do oncologista do Instituto do Câncer da Holanda Wouter Vogel, durante a análise de tomografias cerebrais de alta resolução.

Depois de encontrar as glândulas em todos os 100 novos exames incluídos no estudo, os pesquisadores investigaram a presença da misteriosa estrutura em dois cadáveres — um homem e uma mulher. E lá estava ela, em ambos os corpos.

Localização das glândulas tubárias.

Localização das glândulas tubárias.Fonte:  Radiotherapy & Oncology/Reprodução 

“As pessoas têm três conjuntos de grandes glândulas salivares, mas não nesse lugar. Até onde sabemos, as únicas glândulas salivares ou mucosas na nasofaringe são microscopicamente pequenas e até 1 mil delas estão uniformemente espalhadas por toda a mucosa. Por isso, imagine a nossa surpresa quando as encontramos”, disse Vogel.

Glândulas tubárias

Batizadas pelos pesquisadores de glândulas tubárias (ficam acima do tórus tubário), elas ainda não teriam sido identificadas por causa da localização, ficando melhor escondidas do que as outras três glândulas salivares.

Conforme os autores da pesquisa, a descoberta só seria possível se os cientistas estivessem procurando especificamente por elas e utilizando tecnologias de imagem mais avançadas, como o exame de varredura PSMA PET / CT, que eles usaram e serve para detectar tumores em pacientes com câncer.

A descoberta do quarto par de glândulas salivares ainda precisa ser confirmada por novos estudos. Mas segundo a patologista da Universidade de Rutgers (EUA) Valery Fitzhugh, os pesquisadores holandeses “estão no caminho certo” e a novidade pode mudar a forma como são vistas as doenças nesta região do crânio.

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