Numa transmissão ao vivo realizada na quarta-feira (16) pelo site de investimentos Traders Club, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, anunciou que há cinco empresas interessadas na privatização dos Correios. Ele citou quatro: a varejista Magazine Luiza, a gigante do e-commerce Amazon, e as empresas de logística FedEx e DHL.
Ao destacar a importância do interesse de cinco players de peso interessados na compra da estatal, o ministro aposta no sucesso de um processo de privatização. “Tem empresas interessadas em ocupar esse espaço”, afirmou o ministro, “e elas sabem que você recebe o bônus e o ônus também, mas é uma empresa saudável.”
O processo de privatização
Fonte: Fernando Frazão/Agência BrasilFonte: Fernando Frazão/Agência Brasil
Faria reconheceu ter assumido a responsabilidade do tema dentro do ministério, e que pretende conversar com os líderes do Congresso e os presidentes da Câmara e do Senado, para agilizar a tramitação do projeto de privatização dos Correios. Sobre os funcionários, disse: "quem for bom vai continuar".
Para ele, cabe ao Congresso Nacional decidir o funcionamento do controle acionário e as obrigações da empresa que vier a comprar os Correios no processo de privatização. Entre os motivos citados pelo ministro para a venda da empresa, estão: corrupção, interferências políticas, ineficiência, greves constantes e perda do mercado para empresas privadas.
Sobre a greve
Fonte: Leandro Fonseca/Exame/ReproduçãoFonte: Leandro Fonseca/Exame
Falando especificamente sobre a greve, Fábio Faria afirmou que, por ser um serviço “universal e essencial”, a estatal não deveria parar. “Se a empresa fosse privada, não tinha esse problema. Não é com greve que você consegue aumento”, disse ele.
Usando a própria paralisação dos funcionários como um argumento para a privatização, o ministro criticou a paralisação bem no meio da pandemia da covid-19, mas afirma não querer entrar no mérito da greve. “Acho que isso [greve] foi muito ruim pra eles, porque é um momento em que todos precisam dar o melhor de si”, concluiu.
- Leia também: Correios não negociam e aguardam decisão da justiça sobre grev
- Fonte: Tecmundo