Uma parte dos eleitores brasileiros ainda não têm a biometria cadastrada junto à Justiça Eleitoral. Mas, não há motivo para se preocupar. Mesmo sem a digital, será possível votar nas eleições 2022, com o primeiro turno marcado para o dia 2 de outubro e o segundo, em caso de necessidade, no dia 30 do mesmo mês.
Esses eleitores continuam aptos a votar no pleito porque desde 2020, por causa da pandemia da Covid-19, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu o cadastro biométrico em todo o Brasil. Isso aconteceu para evitar que a doença se espalhasse, já que a coleta da digital só pode ser feita de maneira presencial e segue até que a situação de emergência sanitária se estabilize.
A eleição anterior à pandemia foi a de 2018, que contou com 85 milhões de eleitores já cadastrados. Em 2020, no pleito municipal, eram 110 milhões de pessoas já com a biometria cadastrada. O TSE espera chegar a 100% dos brasileiros aptos a votar biometricamente cadastrados até 2026.
Para continuar elevando o número de pessoas cadastradas, o órgão fechou acordos de cooperação técnica com órgãos públicos que também realizam coletas biométricas, como os Departamentos de Trânsito (Detran), que utilizam a biometria na confecção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), e a Polícia Federal. Assim, evita que as pessoas sejam obrigadas a ir aos cartórios eleitorais.
Com essas parcerias, são 120 milhões de digitais já no sistema. O TSE detém o maior banco de dados biométricos das Américas. Além das digitais, há ainda foto e assinatura. Todo o eleitorado brasileiro é composto por cerca de 147 milhões de pessoas.