Planalto se esforça para tentar afastar a imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus apoiadores dos eventos que marcam a data
O desfile de 7 de Setembro, realizado para celebrar o dia da Independência do Brasil, deve ser mais comedido neste ano, durante a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O Planalto faz esforços para tentar afastar a imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores dos eventos que marcam a data.
Prevista para ter início às 9h da manhã desta quinta-feira (7), com a presença de Lula, a cerimônia na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, tem como slogan “Democracia, soberania e união”.
Ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta disse que o desfilo terá quatro eixos temáticos: “Paz e Soberania”, “Ciência e Tecnologia”, “Saúde e Vacinação” e “Defesa da Amazônia”.
Entre outras atrações, haverá a execução do hino nacional, a passagem das tropas das Forças Armadas (Marinha, Exército e Forças Aéreas), apresentação de escolas, profissionais do Corpo de Bombeiros, bandas e participações especiais de várias instituições. Além do show aéreo da Esquadrilha da Fumaça, da Força Aérea Brasileira.
A tribuna de honra do presidente deve ter cerca de 200 convidados, entre ministros, chefes de Poderes e representantes das Forças Armadas.
A expectativa de público é de 30 mil pessoas.
Um desfile “seguro e mais enxuto”
O governo federal afirma ter tomado diversas ações para garantir um desfile de 7 de Setembro “seguro, mais enxuto, dinâmico e atrativo”.
A duração do desfile deve ser menor que a do ano passado, com previsão de aproximadamente duas horas. Não deve haver participação da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), nem há previsão de discurso do presidente Lula durante o evento.
O evento deve custar pouco mais de R$ 3 milhões aos cofres do governo federal – cerca de R$ 300 mil a menos do que foi gasto pelo ex-presidente no ano passado.
Além disso, haverá reforço na segurança do evento para evitar possíveis atos criminosos ou ataques de “lobos solitários”, conforme afirmou a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP).
A segurança terá contingente reforçado, com 2.080 policiais militares e 500 civis à disposição, e também contará com auxílio da Força Nacional de Segurança. O número de policiais deve superar o da posse de Lula.
O Plano Escudo do Palácio do Planalto também estará ativo e contará com reforço no contingente.
Também foi criado um Gabinete de Mobilização Institucional para monitoramento do evento. O colegiado deverá ter integrantes dos ministérios da Justiça, da Defesa, bem como do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), do Supremo Tribunal Federal (STF), da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do Congresso Nacional.
Na manhã de segunda-feira (4), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que há um “clima de tranquilidade” para as comemorações do Dia da Independência. “Não vamos permitir que se repita o 8 de janeiro”, afirmou.
*Com informações de Gustavo Uribe e Tainá Falcão, da CNN