O prefeito disputa a reeleição em São Paulo e aparece em segundo em pesquisa de intenção de voto, atrás de Celso Russomanno (Republicanos)
A administração do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), tem o mesmo índice de aprovação e de rejeição, segundo dados de pesquisa do Ibope divulgada nesta segunda-feira (21). A parcela da população que considera a administração boa ou ótima passou de 20% para 28%, enquanto as de ruim/péssimo caíram de 32% para 28%.
Para 41% dos entrevistados, a gestão é regular. A pesquisa ouviu 1.001 pessoas entre os dias 15 e 17 de setembro e também perguntou sobre a atuação do prefeito contra a pandemia de Covid-19. As medidas municipais contra a doença são aprovadas por 54% dos paulistanos e reprovadas por 40%.
Bruno Covas concorre à reeleição em São Paulo. Ele é o candidato do PSDB nas eleições deste ano, que acontecem no dia 15 de novembro, em primeiro turno. Os principais adversários do atual prefeito são Celso Russomanno (Republicanos), Joice Hasselmann (PSL), Arthur do Val (Patriota), Jilmar Tatto (PT), Marcio França (PSB) e Guilherme Boulos (PSOL). Pesquisa do Ibope divulgada neste domingo (20) apontou Russomanno na dianteira da disputa, com 24% das intenções de voto, seguido pelo atual prefeito, com 18%. Em terceiro lugar, empatados tecnicamente, aparecem Boulos, com 8%, e França, com 6%.
Bolsonaro e Doria
A pesquisa também avaliou as gestões do presidente Jair Bolsonaro e do governador de São Paulo, João Doria (PSDB). A administração de Bolsonaro é considerada ruim ou péssima por quase metade dos moradores da capital. Segundo a pesquisa, 27% dos paulistanos consideram o governo do presidente bom ou ótimo, 24% o veem como regular e 47% optam pelos conceitos ruim ou péssimo. Há seis meses, essas taxas eram de 25%, 26% e 48%, respectivamente. No caso de Doria, as avaliações negativas diminuíram de 44% para 39%, e as positivas aumentaram de 17% para 23%.
O governador e o prefeito ganharam visibilidade ao comandar a reação à pandemia no Estado e na capital com medidas restritivas e incentivo ao isolamento. Bolsonaro, por sua vez, optou por menosprezar a gravidade da doença e por fazer propaganda de um medicamento sem eficácia comprovada para Covid-19. A avaliação negativa de Bolsonaro praticamente não variou nos últimos seis meses quando se considera o universo total da pesquisa, mas houve mudanças em determinados segmentos do eleitorado. Entre os mais pobres, com renda de até um salário mínimo, a desaprovação caiu de 56% para 40%. Já entre os que ganham mais de cinco mínimos houve crescimento de 39% para 52%.
*Com Estadão Conteúdo