Após fracasso, empresa do Japão vai tentar novo pouso na Lua

Se for bem-sucedido, o pouso seria o mais ao norte já feito na Lua até agora, além de representar o primeiro de uma sonda japonesa
O Japão ainda não desistiu de tentar pousar sua primeira sonda na Lua. Após um fracasso em 2023, quando um módulo privado perdeu a comunicação com a Terra segundos antes de atingir o solo lunar, a empresa japonesa de exploração espacial ispace está se preparando para uma nova tentativa.

Lançamento deve ocorrer no mês de dezembro

A missão, com um módulo de pouso chamado Resilience e um rover apelidado de Tenacious, está programada para ser lançada da Costa Espacial da Flórida, em um foguete SpaceX Falcon 9, em dezembro deste ano.
A empresa anunciou que finalizou a montagem e integração do módulo de pouso dentro do cronograma estabelecido. Além disso, informou que já decidiu o local de pouso da missão: uma região que fica perto do centro do Mare Frigoris (ou “Mar do Frio”), a 60,5 graus de latitude norte e 4,6 graus de longitude oeste.
O local foi escolhido com base em restrições operacionais e de engenharia, bem como no valor científico, de acordo com a ispace. Os critérios incluíam iluminação solar contínua e visibilidade de comunicação da Terra.
Mare Frigoris é uma vasta planície basáltica no extremo norte da Lua. Se for bem-sucedido, o pouso seria o mais ao norte já feito na superfície lunar até agora. Não foi informada uma data para a eventual chegada da missão ao seu objetivo.

Primeira tentativa de pousar na Lua falhou
Lançado em 11 de dezembro de 2022 a bordo de um Falcon 9 da SpaceX, o módulo fez uma rota um pouco mais longa, mas econômica em termos de combustível, para chegar à Lua.
Dentro do módulo, estava presente um rover construído pelos Emirados Árabes Unidos, o Rashid, que tem dez quilos.
Além dele, um outro rover japonês, em forma de esfera e pesando apenas 250 gramas seria liberado no solo lunar.
A transmissão ao vivo foi cortada poucos minutos depois do horário em que deveria ter ocorrido o pouso.
Segundo a empresa, um sensor de altitude a bordo da missão falhou e impediu um pouco bem sucedido.

 

Alessandro Di Lorenzo